MX-5

 

Em Novembro de 1983 a Mazda Motor Corporation lançou um programa inovador, denominado “Offline 55”. O objectivo era o de promover alterações de fundo no desenvolvimento de novos produtos da marca. Por outras palavras, tentar antever o que deveriam ser as propostas da marca para o futuro, e preferencialmente que fossem encorajadoras. De todas as propostas apresentadas, uma destacou-se de imediato: a de um carro desportivo com um peso muito reduzido.

 

O desenvolvimento desta proposta foi entregue em simultâneo nos centros de design da Mazda em Tóquio e na Califórnia, sob a orientação do responsável de projecto Masakatsu-san. A proposta definitiva recaiu sobre a que foi apresentada pela equipa da Califórnia, para um roadster de motor à frente e tracção traseira, com o nome de código P279. O protótipo motorizado desenvolvido em seguida, o V705, foi concebido e construído em Inglaterra pela International Automotive Design, e em 1985 um modelo único V705 rolou pela primeira vez nas estradas de Santa Bárbara, nos Estados Unidos.

 

Em Fevereiro de 1986, Toshihiko Hirai foi nomeado Responsável do Programa de Produto para a fase de produção. O seu desafio era o de tornar exequível para produção em série o protótipo concebido manualmente, em peças de aço e carroçaria de plástico. Enquanto isso Tom Matano e Koichi Hayashi procediam a pequenos ajustamentos estéticos ao modelo no centro de design da Califórnia. O resultado conjunto do seu trabalho veio a resultar no design único e exclusivo do Mazda MX-5.

 

Surgia uma estrela. Em Fevereiro de 1989 o Mazda MX-5 apareceu ao público pela primeira vez no Salão Automóvel de Chicago. Um mês mais tarde estava já à venda em Hiroshima. O resto, como se diz, é história. A comunicação social apaixonou-se pelo carro e os pedidos de clientes ultrapassavam a capacidade de fornecimento. Era um misto de clássico e britânico com a pureza de um roadster italiano, tudo com muita sensualidade e promessa de prazer de condução, disponível para todos. Foi uma autêntica revolução. O Mazda MX-5 foi considerado o renascimento do conceito roadster.

Não será exagero dizer que este carro fez renascer um segmento do Mercado automóvel. E qual a origem do nome? MX vem de “Mazda Experimental”, “5” porque era o número sequencial na série de projectos concept da Mazda. E assim nasceu o Mazda MX-5, um nome que iria marcar a história do automóvel.

Em 1993, a necessidade de cumprir normas de emissões de gases poluentes mais apertadas e de requisitos acrescidos de segurança, levaram à introdução de alterações ao motor 1.6L. Estas surgiram sob a forma de um novo motor 1.8L BP-ZE, que viria em 1995 a ter nova actualização. Esta última geração foi beneficiada pela introdução de uma unidade de comando da admissão, que optimizava a mistura, bem como de reduções significativas no peso geral do conjunto.

 

Foram também lançadas diversas séries limitadas, nomeadamente as STO, comemorativa dos últimos veículos desta geração. A sigla traduzia-se por “Still The One”, em sinal de homenagem a Toshihiko Hirai, considerado o criador da primeira geração. Em 1999 foram introduzidas novas alterações ao Mazda MX-5, ao nível do design exterior. O resultado expresso em novas ópticas e uma nova silhueta, voltaria a revelar-se um sucesso comercial. Nas palavras de Tom Matano “O MX-5 foi até ao ginásio, ganhou músculo e fibra”.

 

No Salão Automóvel de Genebra de 2005 podemos antever o futuro: a terceira geração do Mazda MX-5. Uma nova página de história, um novo passo na evolução dos roadster. A evolução das linhas atléticas e porte musculado, o charme global deste modelo assegurou que este MX-5 teve seguramente um bom conselheiro de beleza que garantiu mais um produto de sucesso.

 

É seguramente um sucessor à altura do nome MX-5, e a justificar plenamente o título, segundo o Livro de Recordes do Guinness, de roadster mais vendido do mundo.

 

Em 2009, como que justificando esse título, o Mazda MX-5 comemorou pleno de saúde, vitalidade e futuro, o 20º aniversário.